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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Maratona do Porto 2015: a vingança.

Em 2014 fiz a minha primeira maratona: a de Lisboa. Um mês depois fiz a minha segunda maratona: a do Porto.
Se a primeira foi um mar de emoções onde tudo me correu bem do início ao fim, desde a preparação da prova até ao cortar da meta, já a do Porto não correu tão bem em nenhum aspeto (tirando o mar de emoções). Por isso, e como sinto que tenho de vingar a minha prestação naquela prova...



Pumbas! Inscrição feita e confirmada e dorsal atribuído!

Como já disse, não vou abandonar a estrada, e há uma ou outra prova que quero continuar a fazer. Faria muitas mais, não fosse isto de correr ficar tão caro. É que entre inscrições, equipamentos, deslocação e, às vezes, alojamento, é quase como criar um filho.

Mas sobre o que correu mal. Entre a maratona de Lisboa e a do Porto, praticamente não consegui treinar, tendo apenas feito 3 provas de 10kms nos fins de semana que as separaram. Assim, é normal que as pernas se tenham sentido a partir dos 30kms, demorando quase tanto tempo a fazer os últimos 12 como os primeiros 30. Depois, uma vontade louca de ir fazer o #1 e não haver casas de banho disponíveis no percurso. Se em provas de trail, casas de banho é o que não faltam, já na cidade e com as pessoas a olharem, era complicado aliviar-me naquele zona da prova. Assim, aguentei cerca de 5kms com a bexiga a rebentar. Acho que a vez que corri mais foi quando vi o cubículo cor de laranja!
Mesmo antes da prova enervei-me com a organização, quando lhes fiz uma queixa e me disseram que em 5000 pessoas era o primeiro a queixar-se daquilo. Disse que até podiam já ter ali estado 5milhões, eu tinha o direito de reclamar. Ao fim de 30minutos a falar com eles, a coisa lá ficou mais ou menos resolvida.

O percurso da prova é um pouco repetitivo, corre para um lado, depois para o outro, uma vez dum lado, outra vez doutro. É o que é, e assim sempre podemos ir percebendo se vamos bem ou mal quando revemos outro atleta. O final da priva, já debaixo de água torrencial e após 4h30m (mais 30minutos que a de Lisboa) foi muito idêntica à de Lisboa, pelo menos na parte das lágrimas e do beijo que recebi da minha companheira de logística (quem sabe, se em 2015, também de corrida).

Por todas estas coisas, já estou inscrito na corrida e com uma vontade imensa de cilindrar o tempo e performance da outra! Aaaah e porque o preço até ao final do ano é de apenas 25€! É de aproveitar.

domingo, 28 de dezembro de 2014

1º Trail São Silvestre da Serra da Estrela

Foi no dia 27 de Dezembro a primeira edição do Trail São Silvestre da Serra da Estrela.
Imagino que já estejam a pensar que nem sequer ouviram falar de tal prova, mas não se preocupem, a prova foi muito privada. Tão privada que eu era mesmo o único participante. Escusado será dizer que a ganhei!

Eu até tinha feito a inscrição para a São Silvestre de Lisboa, mas, entretanto, surgiu a oportunidade de ir passar um fim de semana perto da Serra da Estrela e lá fui eu. Mas como isto de ser"corredor" é uma coisa que não nos larga, falando por mim, há sempre aquele bichinho de correr num sitio novo, mesmo que seja apenas um treino curto, só mesmo para "picar o ponto" e ter o registo. Assim, aproveitando um percurso já existente (que liga Alvoco da Serra à Torre), levei o equipamento comigo e fiz-me à estrada... perdão!, aos trilhos.

O caminho era para ali.
Tinha prometido uma foto ao João Campos com neve na barba, mas à falta de neve, vai mesmo gelo na cabeça!


O percurso é de cerca de 6kms, com um desnível positivo de cerca de 1200m. É quase escalada, mas sem cordas e a tentar correr. Como se subisse desde Alvoco até à Torre ficava sem carro para descer, decidi que começaria na Torre, desceria o percurso cerca de 2 ou 3kms e depois voltaria de novo para a Torre. Assim fiz. Às 16:15, sob um vento gelado, arranquei em direção ao sol. Não havendo neve, o percurso era visivel e não precisava de me preocupar muito com escorregadelas, no entanto, tinha que ter cuidado onde punha os pés, pois o terreno é bastante irregular. As primeiras centenas de metros eram quase planas, até que cheguei à primeira encosta e me deparei com um cenário que é dificil de explicar por palavras.

Paisagens de cortar a respiração!


Enquanto descia, era dificil não parar para tirar fotografias, não só à planicie, mas também a mim. Senti um prazer enorme em estar ali naquele momento, sozinho, a usufruir da Serra só para mim. Os meus pulmões enchiam-se de ar verdadeiramente puro a cada inspiração e a alma enchia-se de felicidade a cada piscar de olhos. Poucos são os momentos em que podemos estar realmente sós, este foi um deles.

Eu, na minha loucura dos selfies!
Pequena adenda sobre aquele coração: no dia 23 de Dezembro, quando cheguei ao estacionamento do trabalho, vi este coração abandonado. No dia 26, quando voltei a trabalhar, continuava no mesmo sitio. Decidi adotá-lo e é agora a minha mascote, que levarei para onde quer que eu vá. Nenhum coração merece estar sozinho!


O trilho estava bem marcado, quase não precisava de olhar para o gps, mas fazia-o, até porque como comecei ao contrário, em alguns casos a marcação nas pedras não estava visivel. Mas quem viesse a subir, não teria problemas de orientação. Desci por entre rochas e ervas, umas vezes a correr, outras a saltar ou mesmo a deslizar. Quando cheguei a cerca de 2,5kms, decidi voltar para cima. Por dois motivos: tinha demorado 40minutos a descer (não tivesses tirado tanta foto!), e sabia que a subir seria mais dificil e o sol não tardaria a pôr-se.

Foto 1: a descer. Foto 2: a marcação do caminho. Foto 3: a subir.

Quem já foi à Serra da Estrela sbe que na subida para a Torre, através da estrada se passa por uma pedra em forma de cabeça de um velho, mas ficam a saber que durante o meu trilho encontrei uma pedra que é a "Cabeça do Sócrates"!

Tal como previsto, subir foi feito quase sempre a andar. O ar escasso em oxigénio devido à altitude, não deixava os meus pulmões trabalhar como eu precisava. A juntar a isto, levantou-se um vento bastante forte, gelado e cortante, que me estava a deixar um pouco apreensivo. Quanto mais subia, mas o sol descia, mas o nevoeiro perseguia-me. Numa das vezes que me virei para trás, vi um cenário tão belo que a minha razão desapareceu e tive que parar para registar o momento em mais uma foto.

Acho que a foto de baixo mostra bem a beleza da Serra, bem como os seus perigos.


Continuei a minha subida e ao fim de 4,8kms, 1h20' e 380m de acumulado positivo, estava de novo na Torre. Percebi que tenho que fazer algum treino de reforço muscular, pois os joelhos queixam-se bastante nas descidas e as pernas parece que prendem nas subidas mais ingremes.

Fui duro, muito duro. Parecendo que não, deu para suar. É ou não é um 'V' bonito?!




Este treino ensinou-me algumas coisas. A maior de todas é que nunca podemos desrespeitar a montanha. Fui num treino curto, mas cometi alguns erros que, felizmente, não tiveram qualquer consequência. Mesmo sendo curto, deveria ter começado mais cedo, deveria ter levado luz, deveria ter levado a mochila com aquilo que se leva numa prova (água, uma barrita e a manta). Não se sabe o que pode acontecer e nas montanhas não podemos parar e pedir ajuda como fazemos na estrada. Nas montanhas, se formos sozinhos, temos de ser extra cuidadosos. Podia ter caído, podia escurecer rápido demais e ficar sem luz. Aprendi que, seja que distância for, é melhor prevenir do que remediar.
Escusado será dizer que me apaixonei pela Serra, que percebi que o que tem de belo tem de perigoso e que, no dia 1 de Janeiro, me vou inscrever no Estrela Grande Trail (24kms)!

Quero aproveitar para dar um agradecimento especial a uma pessoa que é muito importante para mim. Uma pessoa que há mais de um ano atura estas minhas loucuras de sair de casa para ir correr, seja em provas ou em treinos. Uma pessoa que não fica triste quando me levanto da cama às 6 da manhã e só volto depois de almoço, nos fins de semana! Uma pessoa que não se importou que, no nosso último fim de semana do ano, em passeio, eu tenha calçado os ténis e seguido serra abaixo e acima para um treino que se previa de 40mins e que foi o dobro; que já estava preparada para pedir ajuda aos bombeiros porque não ouvi o primeiro telefonema; que, mesmo a levar com o vento cortante, saiu do carro e filmou a minha chegada à torre, dando-me um beijo e correndo de novo para o carro onde estava um sumo e uma sandes de queijo da serra e presunto à minha espera. A ti, um beijo enorme de obrigado.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A última prova de 2014

Foi no sábado que fiz aquela que foi a minha última prova de 2014: o Ericeira Trail Run, versão 22kms.

Uma prova com um cenário lindo, que nos permitiu passar pela praia, pela montanha, pela estrada e ainda (para mal dos meus pecados) treinar as descidas em escadas! Para não falar nas subidas de 9 e 10% de inclinação. Fiz o que queria fazer: divertir-me com os amigos e terminar a sorrir.
Depois da paragem a meio da prova, senti umas dores imensas no joelho direito, que me dificultou imenso nas descidas e que me roubou minutos a descer a escadaria final. De resto, adorei o trajeto e a organização.

A verdade é que ainda estava inscrito para a São Silvestre de Lisboa, mas vou antes passar o fim de semana na Serra da Estrela, e quem sabe, fazer lá um treino ligeiro. Se alguém souber de percursos que possa trilhar, enviem-me o GPX!




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Então e planos para o fim de semana?

Bem, sábado vou ao Trail da Ericeira. Apenas aos 20kms, porque, embora sinta a vontade de me lançar em outras distâncias, sei que poderia ser má ideia.

Vou sem grandes expectativas de tempo, até porque, desde os 30kms de Leiria, que não consegui treinar vez nenhuma. Vou mesmo só para me divertir e trilhar num local novo.

Se alguém por lá estiver, eu sou o gajo de barbas até ao dorsal, não tem nada que enganar.

E vocês, que planeiam fazer?
(sim, eu sei que só aqui vêm 3 pessoas, mas gosto de fazer perguntas! he he)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

3º Leiria X-Mas Night Trail - Report por Bearded Runner

No passado sábado, dia 13 de dezembro, fiz, com toda a certeza, a prova mais dura e dificil até hoje: o 3º Leiria X-Mas Night Trail.
30kms pelo pinhal de Leiria e arredores não foram, de todo, "pêra doce".
Sei que ainda sou uma velinha nestas coisas (maçarico não, porque maçarico remete-me para algo com uma chama forte, e a minha ainda está a começar a acender), mas nem mesmo as duas maratonas de estrada num mês me custaram assim tanto. Sou sincero, pensei que o percurso fosse mais fácil, mas ao km 5 já eu sabia que teria que me mentalizar que não iria melhorar.

Assim, tomei uma decisão de não apertar muito comigo no inicio. Por norma, tenho tendência a acelerar mais no inicio das provas, o que depois tem repercussões nos finais das corridas mais longas. Fui indo a um ritmo confortável, ora atrás de um atleta, ora atrás de outro, sempre certinho e evitando ao máximo parar de correr, só mesmo quando as subidas assim o obrigaram. O terreno era bastante complicado, com muita lama, poças de água, zonas extremamente escorregadias, uma zona de rappel, mais lama, mais subidas, escadas, escadarias, muros para saltar, calçada, zonas em construção e escuro, muito escuro pelos trilhos daquele pinhal! O que a noite teve de belo, também teve de assutador. Nunca tinha corrido de noite, ainda para mais em trilhos num local desconhecido e sozinho (porque isto de se correr lento e não haver muitos atletas, tem destas coisas). Correr só com a luz do frontal, procurar as marcações, ouvir o meu chapinhar, ver o vapor da minha respiração, ouvir barulhos ao longe, não ouvir nada de nada, nem mesmo os meus passos, foi uma experiência completamente nova e deliciosa.

Durante a prova tive dores, muitas dores, câimbras como nunca tinha tido. Em lances de escadas de 50 degraus, tinha que parar duas ou três vezes para os músculos irem ao sitio. Comi que nem um pequeno alarve nos abastecimentos de sólidos (mais no último, onde foi Pastéis de Nata, chocolate, tostas com marmelada, sumos, água, amendoins, bananas), comi porque estava mesmo cheio de fome. Afinal de contas, ainda me faltavam correr 4kms e já estava a correr há mais de 4 horas. Mas nunca desisti, continuei sempre com o meu objetivo e ao fim de 4h57'56", e de cerca de 1000m de D+, cortei a tão desejada meta, claro está, de braços no ar e sorriso na cara!

Sobre a organização só posso mesmo dizer que foi espetacular. Desde a entrega dos dorsais antes da prova, às explicações dadas, ao abastecimentos, sinalização, apoios quando tinhamos de atravessar a estrada (em conjunto com agentes da autoridade), ao apoio que nos davam quando passávamos por eles. Um percurso excelente, repleto de diferentes pisos e desafios, vistas lindas sobre a serra e sobre a cidade de Leiria. Uma prova que certamente, quererei repetir numa próxima edição, quem sabe, mais bem treinado e preparado para baixar o tempo.


Um amigo esteve 2 minutos para me tirar uma foto
e isto foi o melhor que conseguiu. Foi também a
minha primeira corrida com os Pernas de Gafanhoto ao peito


Eu, cheio de medo do escuro e dos gambozinos.

Vistas destas sabem sempre bem e merecem uma pausa para foto.

O final: sapatos e roupa cheios de água e lama, dorsal destruido (não
se percebe bem, mas o meu nome era "Ed the Bearded") e o relógio
a marcar o meu maior tempo de corrida até hoje,
Para que conste, mesmo não sendo importante, ainda
ficaram 15 pessoas atrás de mim!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O meu equipamento

Como em tudo, quando queremos começar alguma coisa, precisamos do material adequado para tal. Se queremos construir uma casa, convém termos cimento e tijolo, ou, se formos um porquinho menos trabalhador, madeira e palha.
Na corrida é igual, precisamos do material certo para o tipo de terreno por onde vamos andar. A pensar nisto, antes de me aventurar nos trilhos, pesquisei o essencial ou algumas coisas que, não sendo essenciais, podem fazer falta.

Claro que o essencial são os sapatos. Não podia ir correr para as montanhas e vales com os meus sapatos de estrada. Assim, após alguma pesquisa e opiniões de malta que percebe disto mais do que eu, acabei por comprar uns Asics Fuji Trabuco 3. E ainda os consegui comprar por um preço bastante agradável de 79€. Depois, das coisas menos essenciais, comprei um relógio GPS para gravar os meus percursos, registar os meus tempos e ainda poder importar percursos de outras pessoas ou de provas. Queria muito um relógio porque apenas tinha o meu iPhone, e tinha medo que se estragasse com a chuva, lama ou que se partisse caso caisse ao chão. Para não falar que a bateria dura 3horas se tiver alguma app ligada. De novo, após pesquisa e aconselhamento, comprei um A-rival SpoQ SQ-100, a um preço de 75€. Por fim, como nisto do trail às vezes demoramos muitas horas, comprei também uma mochila, da Kalenji, por 29€. Mais algumas coisinhas sem grande importância e, contas feitas, por cerca de 200€, equipei-me da cabeça aos pés.

Ainda ambos por estrear, tão limpinhos que até brilham!

Estou a gostar bastante dos sapatos. São leves, confortáveis e mesmo depois de andar dentro de água, esta sai rapidamente e nunca sinto os pés encharcados. Não escorregam, ou escorregam muito pouco, mesmo em terrenos emlameados e inclinados. Já passei por sitios onde pessoas pareciam que estavam a fazer patinagem no gelo e eu consegui segurar-me bem. Tem um bom amortecimento e não me magoam mesmo com os atacadores bem apertados. São giros o que, verdade seja dita, é um aspeto positivo.

O relógio foi outra boa compra. Faz tudo o que um relógio topo de gama, que custa meio ordenado, faz, e foi bastante mais barato. É todo em plástico o que lhe confere pouco peso. Contudo, é grande - ou pelo menos no meu pulso é grande -, mas isto é porque tem uma bateria que aguenta 23h em modo registo de prova. É bastante intuítivo e apanha facilmente satélites (entre 1 a 30segundos). Num dos treinos que fiz, esqueci-me de o carregar, quando o liguei tinha 1 traço de bateria. Mesmo assim, após 3h de corrida, ainda não se tinha desligado. Vem bastante completo, incluindo CD com software, banda cardíaca, uma bracelete extra e ainda um suporte para a bicicleta.

A mochila da Kalenji não é nada má. Já vem com recipiente de água para 2L e apito. Molda-se bem ao corpo e tem espaço e bolsas suficientes para uma prova mais longa. Claro que depois de usar uma da Saloman Lab, esta que comprei é inferior, mas houve uma coisa que era superior na Saloman que me demoveu de a comprar: o preço. 120€ de diferença, parecendo que não, dá para comprar uns sapatos novos daqui por uns tempos.

Depois de um treino em Monsanto. Já parecem sapatos de trail!


E vocês, que equipamento usam e mais gostam de usar?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A entrada nos trilhos.

Apesar do nome do blogue ser este, a verdade é que não estou a começar do fundo do sofá.
Já há algum tempo que saí do sofá e comecei o meu caminho nisto das corridas. Mas comecei na estrada, e o alcatrão foi o meu companheiro durante longos kms. Fiz muitas corridas de 10kms, algumas meias-maratonas e 2 maratonas, oficiais, fora os milhares de kms em treinos. E foi depois de completar a minha segunda maratona - a segunda no espaço de um mês, Lisboa e Porto) que percebi que agora precisava de mais, de um desafio, não que mais longo, mas pelo menos diferente. E o trail surgiu quase de imediato, como sendo a melhor opção.

Entretanto, já participei num trail oficial (15kms) e fiz uns treinos mais puxados (em São João das Lampas e em Monsanto). Também já me inscrevi em várias corridas e, das próximas 8, apenas uma é de estrada.

Sou sincero, acho que a evolução natural de um corredor é esta: começar na estrada, percursos curtos, evoluir até sentir o bicho da Maratona, correr uma maratona e depois querer mais do que isso. E antes das aventuras nas ultramaratonas, o trail parece-me a opção natural e lógica. Em boa verdade, já sentia a monotonia da estrada, sempre os mesmos percursos, o mesmo piso, ter de parar em semáforos e passadeiras, ter que levar com o fumo dos escapes dos carros e motas. No trilho, tudo é diferente, nada é monótono. Aquela estrada que era de terra batida num sábado, é um pequeno rio no domingo, aquele caminho que é sempre plano, rapidamente se transforma numa parede de escalada, comemos mosquitos, sujamo-nos (não adoramos ser crianças?!) da cabeça aos pés, caímos e arranhamo-nos nos braços e nas pernas...

Estou a adorar esta incursãoe espero ter aqui um companheiro por muito tempo.
Não vou deixar o alcatrão. A estrada continua a ser aquele primeiro amor que deixamos porque já não nos deixa 100% felizes, mas com o qual ainda gostamos de sair para meter a conversa em dia e reviver histórias do passado. Apenas me vou dedicar mais a esta nova paixão.

O blogue ainda está em construção. Tenciono ter um calendário das minhas provas, arranjar forma de deixar aqui os meus GPX dos treinos e colocar aqui alguns blogues de referência nisto da corrida.