Bearded Runner on Instagram

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Treino circuito de escadas

Como preparação para aquele que será o grande - enorme, gigantesco, hercúleo - objetivo do ano de 2016, o Madeira Island Ultra Trail, os treinos em escadas estão bem presentes no plano.

O meu treinador já fez o MIUT e já me avisou que há imensas escadas - nada que não tivesse já lido em vários sítios - e que este tipo de treino será crucial para terminar esta prova. Disse-me, também, que o que 'rebenta' com as pernas de um gajo não são as subidas, mas as descidas. É o downhill que o impacto irá colocar em risco a vida das pernas. Assim, mais do que correr centenas de kms e milhares de D+, há que reforçar pernas e core.

Mas treino de escadas não é só subir e descer. Não basta encontrar uma escadaria com 200 degraus e subir e desce-las 10 vezes. Se bem que possa ajudar, fica muito aquém do necessário. Existem exercícios específicos para fazer em escadas que ajudam nesta preparação. O que vou partilhar convosco, hoje, são 4 pequenos vídeos desses exercícios, realizados por mim.

O ideal é encontrarem uma escadaria que tenha entre 30 e 50 degraus e que estes sejam largos o suficiente para a realização de todos os exercícios. Felizmente, a 300metros da minha casa tenho o local perfeito para isto. A escada tem exatamente 30 degraus e com largura mais que suficiente. Aos interessados, é no parque em frente à Pista de Atletismo Municipal Professor Moniz Pereira.

Na foto parece que é descampado, mas é porque a imagem
é antiga. Já ali está um parque à maneira.


As grades empenadas fui um num dia que não controlei
a velocidade de corrida na curva.


Vamos lá então aos exercícios. O objetivo é fazê-los entre 3 a 5 vezes cada um. O último deles, o lateral com agachamento (squat), é para se fazer as 3 vezes com salto para a direita e para a esquerda. A primeira vez que tentei fazer este circuito não consegui completar todas as repetições. Atualmente já consigo fazer as 3 repetições de cada, mas acabo com as pernas a tremelicar e no regresso até casa parece que levo dois cepos em vez de pernas.


Saltos a pés juntos com impulsão

Neste primeiro exercício só se tem de saltar para o degrau acima, sem descanso entre saltos. O descanso é o tempo de descer as escadas.




Afundos (ou lunges), com mãos atrás da cabeça

Sobem os degraus em lunges. O descanso é o tempo de descer as escadas.




Afundos, com levantamento alternada de cada perna a cada 2 afundos.

Subir os degraus em lunges, sendo que a cada dois degraus se colocam em posição de flexão e levantam alternadamente as pernas. Neste exercício vão ainda fortalecer os braços ao fazer uma flexão a cada levantamento da perna. O descanso é o tempo de descer as escadas.




Salto com agachamento (squat)

Saltam lateralmente de um degrau para o outro. A cada novo degrau fazem um agachamento (cuidado com a postura das costas). Repetem 3 vezes com salto à esquerda e à direita. Normalmente, alterno esquerda com direita, em vez de fazer 3 vezes um lado e depois o outro. O descanso é o tempo de descer as escadas. Como este é um exercício mais puxado, podem descansar um pouco mais, ou descer as escadas muito devagar! 




Pronto, agora que já sabem como fazer os exercícios, podem começar a fazê-los. Este tipo de treino é bom tanto para quem faz corridas em trilhos como em estrada. Para completarem este circuito demorarão entre 30 a 45', dependendo da vossa capacidade e desgaste físico. Normalmente corro sempre 10-15' antes de o começar e mais 10' depois de o terminar. No final não se esqueçam de alongar muito bem para evitarem lesões.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

São Silvestre de Lisboa 2015 - Tarde em grande

Há muito tempo que não me divertia tanto numa prova de estrada, como me diverti nesta São Silvestre de Lisboa. Facto é que me diverti e consegui um dos meus objetivos para este ano. Portanto, foi um dia de grande festa.

O ano passado estava inscrito na corrida, mas acabei por não ir, porque fui correr a 1ª São Silvestre da Serra da Estrela. É provável que nunca tenham ouvido falar dela, até porque só houve uma edição. A organização deixou muito a desejar a todos os níveis. O pior de tudo foi mesmo só ter um participante: eu. O que me valeu o meu primeiro pódio, mas como não havia lá ninguém, valeu-me de zero.

Mas adiante... Este ano marquei-a na agenda uma vez que a queria muito fazer por vários motivos:
- A prova é ao cair da noite, percorrendo as ruas com as luzes da cidade e, nesta altura, dos enfeites de Natal.
- É por ruas que gosto de correr e o percurso, embora tenha zonas onde corremos duas vezes mesmo que em sentido contrário, não nos cria aquela sensação de já ali ter passado há 10minutos.
- Queria muito descer a Avenida a alta velocidade.
- Queria tentar bater o meu melhor tempo na distância dos 10kms.
- Queria saber se os dois meses de treino regular já podiam mostrar frutos.



Uma vez que tinha tantos "quereres", quando abriram as portas dos blocos de partida, entrei logo para conseguir um bom lugar e evitar ao máximo a confusão inicial. Com um dorsal de sub 50, depois da elite feminina partir, fiquei bem próximo do pórtico de partida, tendo apenas um diferencial de 15" entre o tempo oficial e o tempo de chip. Isto permitiu que conseguisse imprimir o ritmo que queria desde os primeiros metros. Embora tenha feito algum ziguezague, ao fim de pouco mais de 1kms já estava a correr sem problemas, tendo corrido os 5 primeiros kms a 4:13 / 4:17 / 4:22 / 4:18 / 4:18.

A primeira metade estava feita e quando olhei para o relógio marcava exatamente 21 minutos. Levava o objetivo em mente de conseguir um tempo na casa dos 42' e tudo parecia correr de feição. As pernas não se queixavam, não me faltava o ar e não sentia qualquer tipo de quebra, mesmo a correr a 187bpm. Olhei de frente os 5kms que faltavam já a pensar na subida da Avenida e num possível desaceleramento. Nunca evitei o empedrado, aliás, até o procurei para conseguir ultrapassar todas as pessoas que iam a correr pelos passeios. Depois dizem que as provas não têm a distância anunciada quando os relógios lhes dão 9,8kms. Em 10kms, a cortarem todas as curvas pelo passeio, facilmente se perdem 200m. Mas isto são outros quinhentos. Os kms 6 e 7 foram feitos a 4:21 e a 4:24, respetivamente.

A partir do Teatro Dona Maria II, cerca dos 7,4kms, começou a parte complicada da corrida, a subida até à rotunda do Marquês. Não é que seja uma subida muito inclinada, mas é longa o suficiente para fazer estragos a quem não controlou as coisas até a começar a subir. Eu continuava a sentir-me bem e avancei determinado a não abrandar o ritmo durante aqueles pouco mais de 1000m até lá acima. Ao passar ao lado da meta vi o relógio oficial e marcava algo na casa dos 32' o que me deu ainda mais ânimo. Mas a verdade é que por muita vontade que tivesse, o ritmo abrandou. Não muito, é verdade, mas acabou por me "roubar" segundos preciosos. O km 8 foi feito em 4:21 e o km 9 em 4:41. Quando comecei a contornar a rotunda olhei para o meu relógio e marcava 39' e alguns segundos. Uma vez que o km final seria a descer, ainda poderia conseguir o tempo desejado.

O km final, aquele km louco sempre a descer, foi feito à máxima velocidade que o meu coração aguentou. Eu bem que queria ir mais rápido, mas a 197bpm as pernas já não respondiam à velocidade que o cérebro queria atingir. Se na subida ultrapassei muita gente, na descida ultrapassei mais ainda. O último km foi corrido a 3:34 e quando cruzei a meta o relógio marcava 43'27"! Fiquei ligeiramente acima do pretendido, mas, mesmo assim, com um novo recorde pessoal. É sem duvida nenhuma uma prova que quero repetir para o ano e, quem sabe, reivindicar novo recorde pessoal!






Quanto à organização, nada a apontar. Os blocos de partida estavam bem indicados e com seguranças a não deixar entrar malta com dorsais que não eram para aqueles blocos, partida dada quase na hora certa, um abastecimento aos 5kms que não usei, a marcação dos km em grandes balões luminosos, e uma zona de chegada grande o suficiente para escoar o pessoal sem atropelos nem pisadelas. A única coisa menos positiva, a meu ver, foi mesmo ter "Os Anjos" a cantarem o hino nacional antes da partida. Mas isto é a minha opinião e pode ser diferente do resto da malta toda.

Outra coisa que gostaria de referir e, mais uma vez, é apenas a minha opinião, prende-se com as "competições" dentro da prova. Existe "homens vs mulheres", o "km mais rápido" e ainda a "Taça HMS Sport" para a equipa mais rápida. Se o "Homens vs Mulheres" é claramente uma competição para a elite, já as restantes provas poderiam ser para os amadores. Como é óbvio o km mais rápido será sempre (ou com 99% de certeza) de alguém que está no pódio. O mesmo se aplica à competição por equipas, onde se contabiliza o tempo dos 3 melhores homens e mulheres de cada equipa. Mais uma vez, ganha quem mete atletas no pódio. Uma vez que estas "competições" têm prémios associados, bem que os podiam deixar para as equipas amadoras. Como? Bastava 'afastar' todas as equipas profissionalizadas. Mas é a minha opinião e vale o que vale.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

2º Trail Fluviário de Mora - Report

O 1º Trail Fluviário de Mora foi a minha primeira prova em trilhos. Foi aqui que descobri um novo mundo. Por isso, foi com bastante agrado que me inscrevi nesta prova que acontece na terra que me viu crescer. Ao contrário da primeira vez, em que não tinha qualquer tipo de equipamento adequado à prática do 'trail running', desta vez já me apresentei à linha de partida com o essencial. Infelizmente, ao contrário do 1º Trail, em que tudo correu muito bem, este 2º Trail ficou marcado por falhas graves a nivel da organização e da marcação dos percursos, tanto do longo (40kms) como do curto (15kms). Por muito que me custe dizer isto, esta prova foi um grande fiasco.


O Trail Longo:
O percurso longo tinha a distância anunciada de 40kms e um acumulado positivo de 800m, feitos, na sua maioria em estradão e terrenos agrícolas. Como se percebe, não é um trail dificil, tendo uma classificação de dificuldade 1. A verdade é que não se consegue inventar muito mais que isto porque a zona é muito plana. O que me leva a falar do primeiro erro. O trail longo do ano passado tinha 30kms, o que é uma distância simpática. Este ano acrescentou mais 10kms. Parecendo que não, seja em estrada ou em trilhos, 10kms fazem diferença e leva a que algumas pessoas não se inscrevam para esta distância. Ao mesmo tempo, não é uma prova que seja desafiante o suficiente porque apresenta um D+ muito reduzido para a distância, o que afasta quem procura nestas provas uma oportunidade para 'treinar' para desafios maiores. Penso que, numa próxima edição, tendo em conta a altimetria, o trail longo devia ser reduzido para os 30kms. Estavam inscritas 37 pessoas, estavam 30 na linha de partida e todas cruzaram a meta.



O Trail Curto:
O percurso curto tinha uma distância anunciada de 15km e não foi disponibilizado acumulado positivo, novamente, feitos maioritariamente em estradão e terrenos agrícolas. Aqui, ao contrário do percurso longo, a distância de 15kms revela-se adequada para as características da zona. Sendo uma distância acessivel a muita gente, o número de inscritos chegou aos 141. Quantos estavam na linha de partida e chegaram, são dados que já não disponho.



Os abastecimentos:
Com 4 abastecimentos a cumprirem os requisitos mínimos (água, cola, banana e tomate), a prova teve a quantidade adequada de apoio numa prova que é de semi auto suficiência. Colocados nos kms certos, a única coisa que tenho a apontar é que o  abastecimento a meio da prova podia ser um pouco mais composto. Umas batatas fritas, umas bolachas, uns salgados ou mesmo um isotónico, são coisas que se arranjam facilmente e quem está a correr agradece. O trail curto teve 2 abastecimentos e, não o tendo feito, acredito que fossem idênticos aos do longo.

As marcações:
Este foi o principal problema desta edição. As marcações foram insuficientes, mal colocadas ou mesmo inexistentes, o que levou a que o trail longo tenha ficado com 35kms em vez dos 40kms, e que o trail curto tenha ficado com distâncias que variaram entre os 15km e os quase 30kms. No trail longo, a falta de fitas ou qualquer outra sinalização, pouco depois do km 1, fez com que passássemos diretamente para o km 8. Isto aconteceu a todos os atletas porque nesta fase ainda se ia em pelotão e seguimos sempre quem ia à nossa frente, pensando que iam bem. A partir daqui, seguir o percurso fora dos estradões revelou-se uma tarefa muito inglória. Em zonas sem estradas ou trilhos, autênticos campos agrícolas onde manadas de vacas pastavam, as fitas eram colocadas com um espaçamento que chegava a ter mais de 100m, e um pouco aleatória, fazendo-nos correr em ziguezague quando percebíamos que a direção era para outro lado. E ter fitas cor de laranja presas nos ramos interiores das árvores dificultou ainda mais perceber onde estavam. Muitas foram as vezes em que tínhamos de apelar à boa visão de outro atleta para ver uma fita a 300m de distância! E mesmo nos estradões, que são constantemente cruzados com outras estradas, ou cercas ou portões abertos, uma fita de 100m em 100m é insuficiente. Ainda para mais quando entre duas fitas há uma curva ou uma lomba que nos corta a visão.
No trail curto isto foi ainda pior. A aliar à fraca e parca marcação, o percurso cruzava-se entre si e com o do trail longo. Isto fez com que alguns tivessem feito o percurso certo, outros tivessem entrado na segunda metade em sentido contrário e outros ainda tenham entrado no percurso do trail longo, sendo depois encaminhados para a meta.
Outra coisa que não ajudou em nada, foi o facto de ambos os percursos estarem marcados com fitas da mesma cor, impossibilitando quem quer que seja de perceber o engano assim que este acontece.

Os voluntários:
Espera-se um pouco mais das pessoas que, supostamente, se voluntariam para ajudar durante o percurso ou nos abastecimentos. Espera-se, acima de tudo, que estejam nos locais onde deveriam estar e com as informações necessárias para fornecer aos atletas. Não se justifica que sempre que perguntava em que km era suposto estar, ninguém me soubesse dar uma resposta. Assim que vi que as marcações estavam uma desgraça, fui tentando perceber o km onde estava sempre que passava algum voluntário. Um pouco de cortesia também fica bem. 90% dos 'Bom dia' que disse, ficaram sem resposta. Estarem com os olhos pregados no telemóvel, sem os tirarem quando alguém está a passar, também não tem razão para acontecer.

A organização:
A Lap2Go esteve francamente mal. Já tinham estado presentes na 1º edição (numa edição que foi uma festa) e uma situação destas pode deitar por terra próximas edições desta prova. Conheço a Lap2Go e já fiz outras provas com eles, e sempre correu tudo bem. Acredito que esta situação será a exceção à regra. Depois das queixas de quase todos os atletas, foi feito um comunicado assumindo os erros e pedindo desculpa a todos os envolvidos.

A Câmara Municipal de Mora:
É de louvar estas iniciativas por parte da CMM. Afinal de contas, é isto que traz pessoas novas a provar o que de melhor se pode fazer no nosso concelho. Se a 1ª edição foi um sucesso, esta 2ª tinha tudo para ser ainda maior. Mas também tenho alguns aspetos negativos a apontar. Começamos logo pela divulgação do evento, que praticamente não existiu. Acho que até eu fiz mais que eles, falando do evento no meu blog e nos vários grupos de corrida que existem pelo Facebook. Se há coisa que aprendi na universidade, foi que podemos ter o melhor projeto do mundo, mas se não o comunicarmos, é como se estivesse fechado dentro de uma gaveta: ninguém o vê. A informação chegou sempre tarde e incompleta. Percurso, altimetria, secretariado, são coisas que precisamos saber com mais do que uma semana antes do dia da prova. Se na 1ª edição a festa na chegada era grande, com música e um speaker a animar as pessoas, desta vez nem um rádio se ouvia. É uma tristeza grande, implicitamente para quem acabou de correr seja que distância for, cruzar a linha da meta e quase nem se aperceber disso. O local de partida/chegada tem todas as condições para que a festa seja feita de outra forma.
Acho que a CMM não tem de ter medo ou vergonha de perguntar a outras organizações ou provas como é que as coisas se fazem. Não custa nada chegar ao pé de alguns atletas e perguntar de que forma as coisas podem ser feitas, tendo em conta a sua experiência noutras provas. Disponibilizo-me, desde já, a ajudar no que puder na próxima edição desta prova que vejo com grande carinho.

O Prémio Finisher:
Nem tudo pode ser negativo. Se na 1ª edição ganhámos uma medalha assim-assim, desta vez recebemos um prémio finisher que me deixou muito feliz. Uma peça em barro em forma de bolota e que pode servir de azeitoneira. Sem dúvida nenhuma, uma evolução.



Quanto à minha prova, fiz o que me competia, ou seja, o melhor que consegui. Fiz os primeiros 28kms sempre em modo corrida e num ritmo quase sempre constante. A partir daqui, caminhei em algumas subidas mais acentuadas. Mas posso dizer que corri durante 90% do percurso. Fiz os 35,6kms em 3h46'43", que me valeu o 16º lugar em 30 atletas. O normal, portanto, meio da tabela.



Esperemos que todas estas falhas sejam corrigidas e que o 3º Trail Fluviário de Mora seja um enorme sucesso!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Pré e pós treino.

Com o intensificar dos treinos de preparação para o MIUT, só comer uma banana antes ou depois do treinos não é suficiente. Por enquanto ainda não tenho mais de 2h30' num único treino, mas a partir de janeiro vai ser diferente.

De momento, a única coisa que tomo, depois dos treinos, e nem sempre, é um fast recovery da Gold Nutricion com sabor a maracujá. E por acaso gosto bastante. Mas talvez haja, por este mercado fora, coisas melhores.

Visto que a Prozis é a patrocinadora oficial de tudo o que é prova de trilho, campeonato nacional incluido, se calhar tem lá produtos adequados para tal. Só que eu não percebo nada disto, o que tomar antes e depois, e preciso da vossa ajuda.


Andei a pesquisar lá pelo site, mas confesso que fiquei sem perceber à mesma o que é que serve para o quê. Será que vocês, malta que anda nisto há mais tempo que eu, me pode ajudar, aconselhando alguma coisa? Ou não tomam nada e o vosso pré-treino é uma bifana e o pós treino são sandes de couratos?

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ficar em forma sem ir ginásio

Sei bem que ir ao ginásio fica caro. Mesmo os ginásios low cost, em que pagamos 25€ por mês, podem não ser suportáveis. É que a juntar a estes 25€ há a renda da casa, a renda do carro, combustível, comida, água, luz, gás e tantas outras coisas que são mais importantes que ir para o ginásio.

Mas, acredito nisto, o ginásio é apenas aquilo que nos dá uma sensação de obrigação em fazer exercício, porque se estamos a pagar, mais vale lá ir.

Felizmente há muito exercício que podem ser feitos fora do ginásio, no conforto do nosso lar ou no parque mais próximo de casa. Podemos até combinar com amigos e irmos todos ter uma tarde de exercício em grupo.

Por isso, vou partilhar convosco 40 exercícios que podem fazer em qualquer lado, sem gastarem um euro! Quer dizer, para alguns podem querer comprar pesos e elásticos TRX, mas ao fim de alguma utilização estão pagos e, melhor, são vossos e usam quando quiserem.

Não sou mestre nestas coisas, mas acredito que se escolherem 10exercicios destes e os repetirem 50vezes, 3 ou 4 vezes por semana, que irão a ver resultados.



Bons treinos!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

2º Trail Fluviário de Mora

Foi no dia 26 de Outubro de 2014 que fiz a minha primeira prova de trilhos. Curiosamente foi na primeira edição de uma prova realizada na terra que me viu crescer: 1º Trail Fluviário de Mora.

À data nem o equipamento tinha para uma prova daquelas. As minhas sapatilhas eram as de estrada e nem sequer uma mochila de hidratação tinha. Não que fosse precisar, pois participei na versão curta, 15kms. Achei que fazer a versão longa, 30kms, sem nunca ter feito algo do género, sem equipamento adequado e uma semana antes da Maratona do Porto, seria pouco consciente. Mas aqueles quase 15kms foram suficientes para me apaixonar pelos trilhos, mais ainda que pela estrada. Decidi naquele dia que me dedicaria aos trilhos, um pouco em detrimento da estrada. Desde então muitas foram as provas e localidades por onde já corri, sempre numa alegre comunhão entre o Homem e a Natureza, incluido 3 ultras (provas com mais de 42kms). E, verdade seja dita, andava ansioso pela segunda edição desta prova.




Antes de Outubro comecei a procurar por ela e nada, não encontrava nada. Questionei o Fluviário de Mora sobre o assunto e disseram-me que a data seria oportunamente divulgada. Como o normal é que as provas tentem ser sempre numa data certa, com o aproximar do dia da edição anterior, comecei a pensar que este ano não iria acontecer. Falei com algumas pessoas (fora de organização e estrutura do Fluviário) que me disseram que iriam adiar porque a data coincidia com a da Maratona de Lisboa, o que poderia afetar a adesão do público.Assim, esperei por novidades.

E no inicio desta semana a boa nova surgiu. A 2º edição do Trail Fluviário de Mora irá acontecer no dia 13 de Dezembro, com uma distância longa (40kms), uma distância curta (15km) e uma Caminhada (não competitiva). Claro que já estou inscrito, desta vez, na versão longa. Será bom voltar a correr pelos trilhos que me encantaram tanto e que foram impulsionadores para outros voos! Será uma muito boa oportunidade para ir à minha terra, ver os meus e visitar (pela enésima vez) o Fluviário de Mora. Será uma excelente oportunidade para que quem ainda não o visitou, o faça com a família. Será, de novo, uma extraordinária forma do concelho de Mora mostrar a sua qualidade, as suas gentes, a sua gastronomia e como o povo alentejano sabe bem receber.

Depois de no ano passado ter cerca de 250 inscritos (nas 3 versões), este ano, dado o numero crescente de participante neste tipo de prova, espera-se que os inscritos sejam em maior quantidade. Se ainda não estás inscrito, do que estás à espera? Vem, com sorte vai estar a chover!


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

I Trilhos de Bellas - Uma agradável surpresa.

O I Trilhos de Bellas assinalou o meu regresso às provas de trilhos, depois do Ultra Trail Rocha da Pena, em Agosto. Foram mais de 2 meses em que estive completamente parado e outro em que obriguei o corpo a coisas que não estava preparado, como a Maratona de Lisboa.

Mas estava com saudades de correr a arranhar as pernas, tinha umas sapatilhas para sujar e Belas é já aqui ao lado de Lisboa. Esta mistura fez com que me inscrevesse na versão longa da prova: os 25k+.



Com arranque previsto para as 9h e o ter de levantar o dorsal antes da prova, o levantar da cama foi às 6h30. Tomar o pequeno-almoço, arrumar as coisas na mochila, preparar uma muda de roupa e ala que se faz tarde. A manhã acordou cinzenta e com nuvens a fazerem-nos sorrir com a possibilidade de correr à chuva. Tal não aconteceu, e o sol que tardou a aparecer, fê-lo com temperaturas altas. No local da partida, a habitual alegria de quem está entre amigos e se prepara para fazer algo que gosta muito.

A ver o tempo no telemóvel.

A pensar que me esqueci de levar chapéu ou buff.


Com um atraso de pouco mais de 30', deu-se a partida do trail longo.Corremos 100m em alcatrão até virarmos para a 1º subida que deixou alguns atletas a caminhar. Como a estrada não era muito larga, fez com que fosse dificil ultrapassar. Eu lavava um plano para esta prova: correr sempre a um ritmo certo, fosse em subidas, em plano ou nas descidas. Um ritmo certo e calmo que se revelou uma boa estratégia. Quem me passava nas descidas e no plano, era passado por mim nas subidas em que andavam enquanto eu corria.

O percurso foi um boa surpresa na altimetria e na tecnicidade das descidas. Com subidas longas, 2 ou 3 'paredes', muitas descidas técnicas, estradão e single track, foi um percurso completo em todas as vertentes dos trilhos. Os abastecimentos, 2 durante a prova (7,5km e 17,5km) estavam nos locais exatos e com o suficiente para uma prova desta distância. Como nunca fui a um ritmo muito forte, no primeiro abastecimento nem sequer parei. Não sentia necessidade e ainda tinha água na mochila e aproveitei para ganhar algumas posições. A prova foi um constante sobe e desce. A organização já tinha avisado que não ia ser fácil nem um passeio no parque. As subidas obrigavam-me a tocar com o nariz no chão e as descidas a ter muito cuidado onde punha os pés, não fosse escorregar nalguma rocha. Felizmente, as minhas La Sportiva Bushido portaram-se impecavelmente e ao fim de 2 descidas já tinha confiança suficiente nelas para arriscar passadas maiores mesmo em piso enlameado.

Isto não sou eu a dizer que está tudo bem,
isto sou eu a pedir boleia até lá acima.


A partir do km14 comecei a sentir alguma fome. O pequeno-almoço tinha sido há algumas horas atrás e as reservas já se estavam a esgotar. No segundo abastecimento parei para comer umas bananas, tomate com sal, uma batatas fritas e isotónico. Demorei um pouco na conversa e quem tinha ultrapassado no 1º abastecimento, apanhou-me ali. Arranquei para os 10kms finais. Estava a fazer uma boa prova, sem dores, sem cansaço, com um bom tempo e a divertir-me. As vistas nos pontos mais altos da prova, com o sol a aquecer-me o corpo, lembrou-me que não posso estar tanto tempo sem ir aos trilhos.

Até aqui tudo estava a correr bem a nivel da organização, sempre com voluntários a indicar-nos o caminho nos locais de cruzamentos, mas ao km 23, quando cheguei a um cruzamento não havia lá ninguém. Pior, também não havia fitas. Eu e mais outro atleta seguimos por uma estrada, em direção a um policia que estava junto a outro cruzamento e avistámos fitas. Seguimos por aí até que fomos abordados por um carro da policia que nos disse que aquilo era o caminho da prova dos 10kms. Voltámos para trás e encontrámos mais 4 atletas que também estavam a seguir o caminho errado. Os policias não sabiam por onde era, e, por isso, seguimos pela nacional em direção a Belas. Ao fim de 2kms lá demos com o percurso certo. É muito provável que devido a isto tenhamos ganho tempo em relação a quem seguiu o caminho certo, afinal de contas viemos sempre pelo alcatrão e eles pelos trilhos. Dali até ao final foi um tirinho e passadas 3h32'49" cruzei a meta.

A correr para a meta! Isolado no lugar 139!


No geral foi uma boa prova e uma agradável surpresa. Podia ter sido uma prova perfeita, mas não o foi por 3 motivos: o atraso na partida; a partida do trail curto pouco espaçada do longo, que fez com que ao km 3 já estivesse a levar cotoveladas dos velocistas dos 10kms, quando ultrapassavam nos single tracks; a falta de voluntários na parte final da prova. De resto, foi um dia de festa, dia de rever amigos e de voltar a participar numa prova de trilhos. 

Para o ano, talvez lá esteja, desde que eu saiba com quem tenho de falar acerca da limpeza das minhas sapatilhas!

Todas sujas!! :( :(

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Um Barbudo na Madeira - I

Como sabem, apoderou-se de mim a insanidade de me inscrever naquela que é, provavelmente, a prova mais linda e dura do trail nacional: o Madeira Island Ultra Trail. O MIUT é uma prova de 115kms com um desnivel positivo a rondar os 7000m, o que é como subir a Serra da Estrela três vezes e meia, sendo que, obviamente, terá o mesmo desnivel negativo, o que me obrigará a descer de novo a Serra da Estrela três vezes e meia. Para terminar esta loucura disponho de 32horas.

Será isto. Bem vistas as coisas tem só 6 subidas.


Para terminar uma prova destas não basta querer e crer, é preciso muito treino, muita dedicação e ainda mais treino e dedicação. Apesar de já ter feito 3 ultras, a verdade é que nada se aproxima daquilo que será MIUT. Quando digo nada, é mesmo nada. Nada bate o MIUT a nivel de tecnicidade, dureza e beleza. Não que já a tenha feito, mas esta é a opinião geral de quem já fez esta prova e outras no território nacional. Nas três ultras que fiz, a distância nunca foi superior a metade do MIUT. Fiz Piódão, Monte da Lua e Rocha da Pena; 53, 55 e 65kms respetivamente. E apesar de as ter terminado a todas dentro do limite da prova, foi sempre por alguns minutos. Isto porque o meu treino para estas provas foi não ter treino. Fui fazendo o que achava que seria melhor, sem me preocupar com questões muito especificas e importantes. Fui treinando à medida que me apetecia e nunca com o devido rigor. Até hoje faltou-me disciplina de treino.

A terminar a minha primeira ultra: Inatel Piódão Ultra Trail
53kms em 10h24m


Sabendo de antemão que se continuar assim apenas consigo fazer os 20 primeiros kms do MIUT, decisões tiveram de ser tomadas. A mais importante de todas foi arranjar um bom e adequado plano de treinos, que me permita terminar a prova dentro do tempo limite e a conseguir andar nos dias seguintes. Depois de falar com algumas pessoas cheguei à conclusão que cada pessoa é um caso e que o plano que funciona para A pode não funcionar para B. O melhor mesmo é ter-se um plano que seja desenhado especificamente para nós. E foi por isto que decidi arranjar um treinador que me prepare para o maior desafio a que já me propus.

O plano está a ser desenhado de acordo com as minhas características físicas e fisiológicas, com o meu historial de treino/provas, com os meus objetivos e, muito importante, tendo em atenção a minha disponibilidade e de forma a afetar o mínimo possível a minha vida familiar. A partir da próxima semana tudo vai começar. Tudo o que correr, todos os passos, todas as subidas e descidas, todo o suor que libertar, terão um único fim: a meta do MIUT.


Durante este tempo de preparação, farei aqui um relato sobre os meus treinos, os meus medos, as minhas questões, os meus conselhos e pedidos de ajuda, as minhas conquistas e a minha evolução. Se me querem acompanhar para saberem, antecipadamente, como esta história poderá terminar, fiquem desse lado!

Bons treinos para todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

La Sportiva Bushido

O mundo do Trail Running há muito que andava a aguardar por este momento e o buzz que se gerou em volta dele era maior que todo o alarido em torno das provas que entraram e saíram no Circuito de Trail Running Nacional e a marca que lhes vai dar o naming. A pergunta que se fazia um pouco por tudo quanto era fórum, blog, facebook e mensagens entre os grandes campeões era: "Afinal que sapatilhas é que o Bearded Runner vai comprar?"

Podem finalmente descansar os vossos corações e largar os comprimidos para a ansiedade, que a escolha está feita.












Até agora ainda só os usei em trabalho, quando tive de ir percorrer a linha de comboio de Évora, e porque precisava de uns sapatos confortáveis e que não escorregassem nas travessas de madeira nem nas ervas molhadas. Depois de 2 dias e vários kms de linha andados, estou a gostar bastante. Depois dos Trilhos de Bellas, o verdadeiro teste, farei uma review completa. 

PS: O unboxing seguiu à risca as instruções do Mete Vaselina.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Rock'n'Roll Maratona de Lisboa 2015 - O Flop

Podia culpar as duas unhas dos pés que me saltaram 3 dias antes da corrida e que me deixaram as meias sujas de sangue.. podia culpar o estômago que voltou a fazer das suas, com câimbras tais que me obrigaram a sentar no banco de uma paragem do autocarro a ver se a dores passavam.. podia culpar o facto de ter sido ambicioso de mais (vá, ganancioso, mesmo) e me ter colado logo ao pacer das 3:30.. podia até culpar o boné ou a falta de chuva. Mas vou culpar o desleixo nos treinos que se apodera de mim antes das provas realmente importantes.

Há muito que estava inscrito nesta prova, sabia o dia exato e hora exata em que aconteceria, sabia até o percurso e a dificuldade que este apresenta. Para alguns pode não ser, mas quando 80% do percurso é feito sem se ver pessoas a aplaudir e a puxar por nós, é uma dificuldade. Sabia, de experiências passadas, que numa maratona não há heróis de sprints nem dos que vão para lá sem o devido respeito. E paguei caro a leveza com que a encarei.

Depois de um Agosto em que corri 300kms, o mês de setembro correu sem nenhuma corrida e sem nenhum treino. No inicio de outubro recomecei devagar e só no dia 11 fiz uma corrida a sério: a do Sporting com 10kms. Antes disso, esbocei uma tentativa de um treino longo que se ficou pelos 20kms e com a clara noção que a forma não era a ideal para o que iria acontecer duas semanas depois. Mas os 45'24" da corrida do Sporting deram-me uma falsa ilusão que a coisa até nem estava assim tão mal.

Mas 10kms não são 42, e eu já devia saber isso.

Foi com confiança que entrei no comboio até Cascais. Foi com confiança que conversei com os amigos na zona da partida. Foi com confiança que entrei na zona das -3H30. Foi com confiança que fiz os primeiros 15kms sempre abaixo dos 5'/km. Foi com confiança que acompanhei o pacer das 3H30 até ao km 20. Foi com confiança que olhei para o relógio e passei aos 21kms com 1H48'. Mas a partir daqui tudo mudou. O estômago começou a dar sinais de vida - iguais aos que deu na Eco Maratona de Lisboa e que me obrigaram a desistir aos 26kms - e tive de abrandar o ritmo. Comecei a ver o pacer a desaparecer lá ao fundo e eu sem conseguir correr atrás dele. Até que aos 24 kms tive de andar pela primeira vez. E depois foi um constante de intercalar e correr e andar para aliviar as dores. Ao km 34 tive mesmo de me sentar uns minutos para controlar tudo e conseguir, pelo menos, arrastar-me até à meta, que a muito custo consegui ao fim de 4h29'34".

Não quero que pensem que me estou a desculpar. Se bem que isto tenha tido muita influência, a falta de treino também não perdoou. As pernas também se sentiram do esforço inicial. Se calhar foi guloso de mais e devia ter guardado algumas energias para a segunda metade da prova. Se tivesse começado a um ritmo mais lento, poderia no final ter acelerado para fazer um tempo realmente bom. Talvez tanta coisa que nem vale a pena pensar nos "talvezes". A única certeza que tenho é que preciso treinar e treinar a sério se quero atingir os meus objetivos. Só falar não chega. Há que dar o corpo ao manifesto e o espírito ao sacrifício

De qualquer forma esta foi a minha quarta maratona, pode dizer-se que sou tetra-maratonista, mas a verdade é que não fiz nenhuma sempre a correr. Quem sabe, quando voltar a fazer uma internacional onde dá gosto correr e ver mares de gente a gritar, esteja chuva ou frio ou calor!


sábado, 17 de outubro de 2015

Maratona de Lisboa 2015 - Conferência de imprensa

Na passada sexta-feira tive oportunidade de assistir à conferência de imprensa da Maratona de Lisboa - por convite dirigido à Le Cool Lisboa, onde sou colaborador -, para a apresentação do evento, dos dados da mesma, perspetivas futuras e ainda ouvir o que os atletas de topo e que vão lutar pelo pódio têm a dizer.



A conferência começou com o discurso de Carlos Móia, que referiu que esta maratona de Lisboa cresce de ano para ano, muito devido ao número de estrangeiros que nela vêm participar. Esta temática, a dos estrangeiros, foi referida várias vezes durante os vários discursos. O Maratona Clube de Portugal, pela voz de Carlos Móia, afirmou que este é um dos objetivos a longo prazo: que esta maratona seja uma das mais concorridas de sempre e que traga cada vez mais estrangeiros, no sentido do turismo que estes fazem. Disse que na Mini-maratona estão inscritos 200 estrangeiros, e que ninguém se inscreve só para correr essas distância, portanto, deverão ser acompanhantes de quem vai correr a maratona ou a meia-maratona. Para o ano 2017 esperam ter cerca de 7000 inscritos na maratona e, finalmente, fazer maratona e meia-maratona em eventos diferentes, em fins de semana diferentes. Numa nota final, que abriu o discurso dele, agradeceu aos 90% de pessoas que participam nas duas provas principais e que não competem pelos pódios mas apenas pelo seu bem estar e pelo gosto em correr.



De  seguida foi a vez dos patrocinadores oficiais -Vodafone, EDP e CTT - e do CEO da Competitor Group, darem umas palavras. Para finalizar os discursos, um representante da Câmara de Cascais, da Câmara de Lisboa e o Secretário de Estado Adjunto do Desporto e Juventude, enalteceram a importância que esta e outras provas têm para os concelhos e para a população em geral. Segiu-se uma pequena sessão de perguntas aos atletas presentes.




Para quem não sabe, a Maratona de Lisboa está inserida na Rock'n'Roll Series, organizada pela mundialmente reconhecida Competitor Group. Josh Furlow (CEO) expressou a vontade de fazer desta maratona a maior de todas as que estão incluídas no circuito e que o quer já em 2017. Entre outras coisas revelou que o grande objetivo destas maratonas é trazer o americanos a visitar a Europa e vice-versa, numa clara aposta de turismo à escala global onde para além da vertente cultural, a desportiva está muito presente.

No final, houve foto de grupo com os atletas presentes na sala. Eu, embora seja um atleta TOP, não tive direito a participar na foto, se calhar porque ainda não sou atleta de TOPO. Falta-me só um O, menos mal.



Alguns dados sobre a Maratona e a Meia Maratona.

Inscritos na Maratona: 5000 (limite máximo)
Inscritos na Meia Maratona: 9000 (limite máximo)
Inscritos na Mini Maratona: 10000
Inscritos na CTT Cadeira de Rodas: 22 atletas, dos quais 9 portugueses.

Elite Masculina Meia Maratona
Atsedu Tsegay - ETH - 0:58:47
Guye Adola - ETH 0:59:06
Bernard Kiprop Koech - KEN - 0:59:10
Alex Oloitiptit Korio - KEN - 0:59:28
Nguse Amlosom - ERI - 0:59:39

Elite Feminina Meia Maratona
Mare Dibara - ETH 1:07:13
Yemer Wude Ayalew - ETH - 1:07:58
Rebeca K. Chesir - KEN - 1:08:21
Feyse Tadese - ETH - 1:08:35
Priscah Cherono - KEN - 1:08:35

Elite Masculina Maratona
Lawrence Kimayio - KEN - 2:07:10
Steve Kosgei - KEN - 2:08:05
Daniel Kiprop Limo - KEN - 2:08:35
Samuel Theuri - KEN - 2:08:56
Silas Sang - KEN - 2:09:10

Elite Feminina Maratona
Margaret Agai - KEN - 2:23:28
Visiline Jepkesho - KEN - 2:24:44
Purity Rionoripo - KEN - Estreia (1:08:29 MM)
Malika Assassah - MOR - 2:30:23
Beshadu Bekele - ETH - 2:44:23

Prémio:
Primeiro: 15 mil euros + 5 mil euros (sub 2h08 – masculino/sub 2h23 – feminino) + 10 mi euros (sub 2h07 – masculino/sub 2h22 – feminino)
Segundo: 10 mil euros
Terceiro: 8 mil euros
Quarto: 5 mil euros
Quinto: 3 mil euros
Sexto: 2 mil euros

Prémios para atletas portugueses na Maratona (Geral masculina e feminina):
Primeiro: 2 mil euros
Segundo: 1500 euros
Terceiro: 800 euros
Quarto: 500 euros
Quinto: 300 euros


Eu não discursei, mas até tinha muitas coisas para dizer. Contentei-me com uma foto!


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Corrida Sporting 2015 - Penta totalista!

Sei que isto anda um pouco parado por aqui e que interrompi o silêncio para vir deixar aquela bomba da Madeira (calma senhores da Google, a bomba da Madeira não é uma bomba a sério, mas acredito que vá rebentar comigo!). Mas adiante...

O mês de Setembro foi passado sem correr um único km. Em boa verdade acho que nem um metro corri. Porquê?! Estava ressabiado por causa do desafio dos Pernas de Gafanhoto em que perdi a liderança no último dia e porque de vez em quando preciso de uma pausa destas para definir novos objetivos e voltar com outra motivação.

Assim sendo, em Outubro voltei aos treinos, enferrujado e em clara má forma (redondo também é forma, ams pronto..), mas voltei. E se há corrida à qual eu não falto é à Corrida Sporting. Em 5 edições, estive presente nas 5. O meu PB aos 10kms é nesta prova, com 44' e alguns segundos. Desta vez, sem os treinos em dia, consegui o maravilhoso tempo de 45'24"! O que foi tanto uma surpresa como uma desilusão. Surpresa porque depois de 32 dias sem correr e só com 3 ou 4 treinos da treta, consegui fazer um bom tempo; desilusão porque fiquei tão perto de bater o PB e porque senti que podia ter dado um pouco mais de mim.

Sobre a prova. Foi sempre consistente até ao km 5, fazendo 5' no primeiro km e depois correndo entre os 4' e os 4'10"/km durante os outros 4. Na volta, quando começamos a subir a Fontes Pereira de Mello, o ritmo abrandou um pouco para os 4'30" e foi quando cheguei ao Saldanha que o relógio ficou sem bateria (pois, não preparei tudo com antecedência) e, não conseguindo controlar o ritmo da passada, desatei a correr feito louco, a uns alucinantes 3'40". Resultado, no último tunel senti uma quebra que me enviou de novo para os 4'30". Na parte final lá acelerei um pouco e quando vi que ainda ia passar abaixo dos 46' do cronómetro e tendo em conta o tempo que demorei a passar o pórtico da partida, sabia que tinha feito um tempo decente.

De resto, nada de negativo a apontar. Desde o levantamento do dorsal no dia anterior que demorou 1minuto, aos currais de tempo, ao abastecimento suficiente a meio da prova, a terminar no relvado, ao bom escoamento, a medalha igual à do ano passado mas com nova data, a maçã e a banana para recuperar depois da prova, tudo impecável. E, melhor de tudo, redimiram-se da tshirt do ano passado, dando-nos uma com as cores do clube e com o símbolo ao peito.

Sem duvida nenhuma, uma prova a repetir todos os anos!

Dois Jubas!

Terminar dentro do estádio e pisar o relvado é sempre espetacular!

O certificado, que um dia destes ainda vai ter uma tempo abaixo dos 40'!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Os números de Agosto.

Este mês de Agosto foi pobre em provas (apenas uma) mas rica em treinos!

Aproveitando o desafio lançado pelo Pernas de Gafanhoto para que as pessoas não deixem de correr no mês de Agosto, por haver menos provas e só apetecer é praia, e aproveitando que já não há aulas, dediquei-me aos treinos e fiz o meu melhor mês de sempre: 303,4kms! O que não sendo nada de especial, é bem melhor do que faço normalmente, chegando em alguns casos a ser o triplo do que já fiz num mês.

Os 303,4kms dividiram-se em 16 atividades da seguinte forma:
 
Estrada: 4 atividades totalizando 46,72kms
Trilhos: 12 atividades totalizando 256,68kms
Ganho de elevação: 7700m
Tempo a correr (vá, às vezes a andar): 42h04m

Neste mês há ainda a destacar a maior prova que fiz até hoje, o Ultra Trilhos Rocha da Pena, com os seus longuíssimos 65kms!

Acima de tudo foi um mês em que senti verdadeiro prazer em correr, fosse em treinos individuais ou em grupo. Senti-me focado e com vontade de superar os desafios a que já me propus e aqueles a que me vou propor. Apesar de neste mês ter feito uma boa marca, o meu grande objetivo a nível de kms para este ano parece-me difícil de alcançar: tenho apenas 1249 dos 2015 que defini como objetivo.

Os kms por dia

O grande objetivo!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Improviso por Monsanto.

Como disse no post sobre o treino extremo em Sintra, tentei fazer uns videos com o meu telemóvel mas acabei por não conseguir aproveitar nenhum, muito porque este está a dar os últimos suspiros.
Mas pedi uma câmara de filmar emprestada e fui experimentar a coisa para Monsanto.
O resultado é o que podem ver abaixo!

Atenção, não tem música associada e é apenas um filme sem qualquer edição. Comecei a filmar quando entrei num track de downhill das bikes e parei de filmar quando cheguei ao alcatrão. Quando perceber de edição de video e tal, farei uma coisa mais catita e com uma banda sonora à altura.

Aaaahh!! Também preciso comprar uma cam para mim, mas se alguém quiser oferecer, eu não me nego!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilhos Extremos de Sintra - Sintra Extreme Trails

Quem conhece o João Campos, conhece o seu chavão "Porque a Vida não é só Corrida". E ele não mente. Há todo um sofrimento associado a ela. A ela, à corrida. Bem, também o há associado à vida, mas isso são outros quinhentos.

Dito isto, se aceitamos um treino do João em que o nome do treino tem estas três palavras - , trilhos, extremos e Sintra -, sabemos à partida que vamos sofrer. Não sabemos com que intensidade, se muito se pouco, apenas sabemos que vai existir dor.

Mas eu gosto de sofrer, e, por isso, foi com agrado que aceitei o convite do João para ir fazer um pequeno treino pelos trilhos da serra de Sintra. Assim, no domingo, dia 23, um pelas 7horas da manhã, lá estava na Lagoa Azul, pronto para fazer os 24kms com um desnivel positivo de +-1200m. Felizmente, não fui o único louco a aceitar o desafio, e no total éramos 13 pessoas (12 meninos e 1 menina).

Correr na serra nunca é fácil. Correr na serra de Sintra torna tudo mais difícil. Esta dificuldade só é superada pela vistas maravilhosas que a serra nos dá Subir à Pedra Amarela e conseguir ver todos os elementos que constituem este mundo (terra, árvores, água, céu, nuvens e as próprias construções humanas) é algo que entra pela retina e se grava na memória de longo-prazo. Este percurso tem de tudo: trilhos técnicos, estradões para deixar as pernas rolarem, subidas infernais e descidas alucinantes.

Fizemos os 24kms em 4h45m, com as sempre necessárias pausas para comer e, claro, tirar fotografias. Foi uma excelente manhã passado com amigos, conhecidos e desconhecidos que se tornaram conhecidos (ainda hoje estou para perceber porque é que ele diz que é quase queniano), todos juntos a partilhar uma paixão: o trail running!

Para a posterioridade, ficam algumas fotos! Fiz alguns videos que queria aqui meter, mas fi-los com o telemóvel que está mais para o lado negro da luz que o lado dos Teletubbies e, por isso, estão todos marados e com paragens. Se alguém quiser oferecer uma GoPro, esteja à vontade! Se alguma marca estiver a ler isto e queira oferecer alguma coisa, também preciso de uns sapatos novos.