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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tailwind Nutrition - o combustível dois em um do desporto.

Já é a quarta vez que começo a escrever isto e vou deixar-me de grandes floreados sobre o assunto, até porque quando as coisas são boas não precisamos de as tentar pintar diferente daquilo que elas realmente são.

Eu normalmente não sofro do estômago durante as corridas por coisas que como. A única vez que tive de parar numa prova foi na Maratona de Monsanto, por ter começado a meio de uma tarde quente e abafada, ter bebido alguns 5L de água em pouco tempo e ter ficado com excesso de água a chocalhar na barriga. De resto, posso meter geles e/ou barras à vontade cá para dentro que não me afeta em nada.

No entanto, cada vez se vê mais pessoas a queixarem-se de situações em que desistem de provas por causa de estarem sempre a vomitar (caso do Omar Garcia) ou de pessoas que terminam as provas em sofrimento por causa do estômago (caso do IronEM). E eu, não entrando nestes números, não gosto muito de ter de andar carregado com geles e barras e cápsulas de sal e diabo a sete... 

Assim, foi com muita satisfação que li que havia uma nova marca que prometia ser a nutrição e hidratação necessária para qualquer que seja a prova. Tudo junto! A marca é a Tailwind Nutrition.



O conceito é simples e faz sentido. A energia e os electrólitos que precisamos consumir em forma de pó que dissolvemos na água, para depois, à medida que vamos correndo, satisfazer as necessidades do organismo em termos de nutrição e hidratação de forma continua. A grande vantagem é que ao estarem juntas, a absorção é mais rápida e mais eficaz, evitando que o estômago esteja a trabalhar e a gastar energias que são necessárias para outras funções (correr, por exemplo :D).

Decidi experimentar, claro. Falei com a marca, fiz as minhas perguntas, tirei as minhas dúvidas e encomendei o pack que traz um sortido de sabores. Utilizei por 3 vezes, e é sobre essas 3 experiências que vou falar.

1- Na Corrida do Aeroporto. Foi uma prova de 10kms e usei o Tailwind como pré-prova. Preparei uma saqueta de 200calorias de sabor natural em 0,5L de água e fui bebendo ao pequeno almoço. Levei cerca de 200ml comigo para a corrida que me duraram até meio da prova. Convém dizer que no dia anterior tinha bebido pouca água e que em parte alguma da corrida senti sede, tendo inclusive ignorado o abastecimento oferecido. Nunca senti a boca seca, nunca senti sede e não senti qualquer tipo de quebra por falta de energia. A única quebra foi mesmo por falta de treino e em algumas subidas. A única coisa que aponto foi ter ficado com um sabor muito doce na boca, como se tivesse comido muita fruta, mas percebi na experiência seguinte que se deveu apenas ao facto de ter diluído o Tailwind em pouca água.

2- Treino por Monsanto. A segunda experiência foi por Monsanto, num treino de 14kms feito à hora de mais calor (12:30 às 14h). Desta vez diluí a saqueta de 200calorias (sabor natural) em 600ml de água e a questão da boca doce ficou resolvida. Mais uma vez, durante todo o treino nunca tive sede nem senti quebras de energia porque ia bebendo uns goles de vez em quando. O treino pode não ter sido muito longo ou muito intenso, mas eu sou um gajo que transpira muito, daqueles de deixar a roupa branca do sal, e não só me senti sempre hidratado como ainda sobrou um pouco dos 600ml. Tinha levado outra garrafa de 600ml só com água para beber caso o Tailwind acabasse ou para lavar a boca  do doce, mas nem lhe toquei.

3- Treino por Monsanto com a mana. A minha mana teve a triste feliz ideia de se inscrever na prova mais pequena do MIUT e, por isso, disse-lhe que o melhor era começar a treinar um pouco mais a sério. Combinámos irmos dar uma voltinha por Monsanto com o objetivo de fazer umas descidas. Ao que parece a miuda achou por bem na noite anterior beber uns copos e quando estava a caminho de minha casa já me estava a mandar mensagem a dizer para lhe levar água que estava morta de sede. Era uma boa oportunidade para um novo teste à Tailwind. Preparei uma saqueta de 200calorias (sabor laranja) em 600ml de água e lá fomos à nossa vida. A minha irmã é alguém que corre pouco, acho que nunca correu muito mais que 10kms e os últimos treinos que fez tinham sido de 5kms em passadeira ou plano. Desta vez correu 11kms e com alguma inclinação pelo meio (390D+). O Tailwind foi só para ela e conseguiu que ela se sentisse totalmente hidratada e com energia para fazer o treino completo, que ainda durou quase 2h. Quanto ao sabor, honestamente não senti muita diferença do sabor natural, o que para mim é uma vantagem.

Depois destes três pequenos testes, o Tailwind está aprovado.  Falta-me fazer um teste maior para perceber se de facto faz o que promete. Até porque 2018 se prevê um pouco duro! Está para breve, mas acredito que a opinião se irá alterar.

E vocês, já experimentaram Tailwind? Opiniões?
Se não, o que usam para as vossas corridas/treinos?

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Corrida do Aeroporto 2017 - Resumo da prova

Fiz a Corrida do Aeroporto a primeira vez em 2014. Primeira e única até 2017. Apesar dos meus objetivos passarem pelos trilhos, como ainda não me sinto totalmente apto a grandes aventuras "no mato" e dada a proximidade da prova da minha casa, inscrevi-me. Objetivo: sub50!


O treino, esse, estava aquém do desejado. Não que se precise de treinar muito para uma corrida de 10kms, mas convém fazer os mínimos olímpicos quando traçamos objetivos que poderão ser mais difíceis do que parecem. Na noite anterior, a convite da minha irmã, fui até Sintra ver um teatro imersivo numa "casa assombrada" e só me deitei às 2h da manhã. Uma vez que a corrida foi a 700m da minha casa, aproveitei para dormir o máximo possivel, 6horas!

A prova começa no terminal de carga do aeroporto e termina no mesmo local. Pelo meio corremos pelo novo Eixo Central, pelo Parque Oeste e pela Quinta das Conchas. Este percurso é mais enganador do que parece. Apresenta algumas subidas que, apesar de não terem muito inclinação, são longas o suficiente para moerem as pernas. Já sabia disso, uma vez que é o local onde faço os meus treinos curtos em estrada, e, por isso, consegui gerir o esforço durante toda a prova.

Como é uma prova com um limite máximo de 2500 participantes (que não esgotou), não é preciso chegar muito cedo para se conseguir uma boa posição na partida. À hora marcada, dá-se a partida e ao fim de 200m e duas curvas já tinha saído do grosso do pelotão e podia impor o ritmo a que queria correr. Depois da primeira subida, entramos no Eixo Central, que é plano (naquela zona), e seguimos em direção à Pista de Atletismo Prof. Moniz Pereira. Damos uma volta pelo tartã, saímos e entramos no Parque Oeste. Voltamos a entrar no Eixo Central e seguimos em direção à Quinta das Conchas, que a contornamos - pelo interior - quase na sua totalidade. Saímos e mais uma vez entramos no Eixo Central. Descemos durante cerca de 500, há um ponto de retorno, subimos novamente os 500m e finalmente descemos em direção à meta. No total são 10kms com 160D+, num misto de alcatrão, pedra da calçada, tartã e terra batida.

https://www.relive.cc/view/1252385726


Quanto à minha prestação e ao que me propus, consegui atingir todos os objetivos: sempre a correr e fazer sub50. O facto de conhecer bem as zonas por onde passámos permitiu-me fazer a gestão certa do esforço. Sabia onde podia começar a acelerar nas subidas e ganhei algumas posições nessas alturas. Passei aos 5kms com 24'13" e percebi que ao manter aquele ritmo, o sub50 estava certo. Fiz os 5kms finais em 24'18". OH YEAH!!

Acima de tudo, foi uma corrida que me deu um prazer enorme fazer, não só por ser "em minha casa", como pelas sensações que tive durante a corrida. Não houve cansaço muscular, não houve falta de pulmão, houve apenas falta de treino para conseguir um melhor tempo. Se isto me motivou?! Imenso! O suficiente para 2 dias depois ir fazer um treino de 13,5kms por Monsanto. :D


Os números que importam:
284º da geral
289º do chip
52º do escalão
1º do meu prédio!